Atualmente, o termo acessibilidade é ligado à quebra de barreiras, principalmente envolvendo temáticas sobre inclusão social para pessoas com alguma deficiência, todavia, a falta de acessibilidade é um desafio para todas os tipos de deficiências, pois falta acessibilidade por toda parte (SANTOS;VASCONCELOS, 2018)

Como resultado do desenvolvimento tecnológico, decorrente dos estudos aprofundados sobre acessibilidade, foram desenvolvidas ferramentas cujos objetivos são a ampliação de habilidades ou promoção de funcionalidades desejadas, atualmente conhecidas como Tecnologias Assistivas (BERSCH;TONOLLI, 2006)

As tecnologias assistivas fazem parte do arsenal tecnológico que está a disposição para amenizar as dificuldades que permeiam as pessoas com algum tipo de limitação. Em Quixadá, o desenvolvimento de tecnologias assistivas têm ganhado suporte para a contribuição nessa linha de pesquisa. Foram desenvolvidas, até o momento, três tecnologias com foco em acessibilidade para pessoas com deficiência visual, são elas:

Smart Glasses: Um sistema de detecção para a identificação de obstáculos localizados acima do nível da cintura do usuário. Quando um obstáculo é identificado o dispositivo emite um sinal via bluetooth e um aviso sonoro e/ou vibratório é emitido no celular do usuário. Este projeto foi vencedor do Salão do Inventor Cearense no ano de 2018, além disso faz parte de um livro de pesquisa e conhecimento sobre tecnologias assistivas. Dados: https://www.canal6livraria.com.br/pd-5ed352-tecnologia-assistiva-pesquisa-e-conhecimento-ii.html?ct=188e76&p=1&s=1

SmartCane: Uma versão de bengala inteligente para deficientes visuais, para identificação de obstáculos abaixo do nível da cintura, é um projeto complementar ao Smart Glasses, porém seu aviso de detecção ocorre de duas maneiras: caso o obstáculo seja detectado à direita ou à esquerda, a bengala vibra de acordo com o lado e, caso seja na frente, a bengala bipa cada vez mais forte quando está mais próxima do obstáculo. Este trabalho foi publicado no 2nd IWAT2019: International Workshop on Assistive Technology. Dados : http://www.sba.org.br/novo/eventos/view?id=31

VREye: Trata-se de uma aplicação com Realidade Aumentada, que auxilia pessoas com deficiência visual que tenham baixa visão, miopia ou outros tipos de dificuldades em sala de aula. Atualmente segue em desenvolvimento no Campus da Universidade Federal do Ceará em Quixadá, encontrando-se em estágio de prototipagem. A tecnologia apresentada é capaz de ampliar e movimentar a imagem da câmera com comandos de voz para que os usuários possam realizar atividades educacionais como ler, visualizar gráficos, textos e atividades escolares. Este projeto participou da competição Apps.Edu no CBIE- Congresso Brasileiro de Informática na Educação em 2019

Dados: http://blogs.diariodonordeste.com.br/narede/ciencia/estudantes-do-campus-da-ufc-em-quixada-desenvolvem-aplicativo-de-realidade-aumentada/11965

Essas são as três tecnologias desenvolvidas, no entanto, não são as únicas. Ainda estão em fase pesquisas, a Impressora em Braile a baixo custo e projetos voltados para pessoas com parkinson, autismo, dentre outras deficiências.

A célula conta com bolsistas de extensão, de iniciação acadêmica e voluntários. Para participar, basta ter interesse no desenvolvimento dessas tecnologias, somos um time que trabalha com conceitos de programação, Interação Humano-Computador e Engenharia de Software.